PREVINA-SE

sexta-feira, 19 de junho de 2015


Vacinas
Ainda não existe vacina contra a hepatite C, mas os portadores do vírus devem receber as vacinas contra as hepatites A e B, a vacina contra gripe todos os anos e a vacina contra pneumonia.
Tratamento
A hepatite C é uma das poucas enfermidades crônicas que pode ser curada. Quando não é possível, o tratamento busca conter a progressão da doença e evitar as complicações.
Os esquemas terapêuticos evoluíram muito com o tempo. Quando o vírus foi descoberto, o tratamento era realizado com interferon alfa recombinante por via injetável, que apresentava baixos índices de resposta e muitos efeitos colaterais indesejáveis.
Mais tarde, o tratamento incluiu a combinação de interferon peguilado (substância antiviral que produz menos efeitos colaterais) injetável por via subcutânea, associado a outra droga antiviral, a ribavirina, administrada por via oral por tempo que varia entre seis meses e um ano, dependendo do genótipo do vírus. Essa combinação promove uma resposta satisfatória em 40% a 50% dos pacientes, número duas ou três vezes maior do que os tratados somente com interferon alfa recombinante.
Interferon e ribavirina são medicações distribuídas gratuitamente pelo SUS. O inconveniente é que provocam efeitos adversos como dores no corpo, náuseas, febre, perda de cabelo, depressão, vômitos, emagrecimento e anemia.
Com a evolução das pesquisas, novos medicamentos com ação antiviral foram incorporados ao tratamento da hepatite C. O telaprevir e o boceprevir fazem parte da classe dos inibidores de protease (enzima necessária para a replicação do vírus), e são distribuídos pelo SUS para os pacientes infectados com o genótipo tipo 1 e doença em estágio avançado.
E os avanços não pararam por aí. Nos primeiros meses de 2015, outros três medicamentos para o tratamento da hepatite C crônica tiveram o registro aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sem o qual não poderiam ser comercializados no Brasil. São eles: o daclastavir (nome comercial Daklinza), o simeprevir sódico (nome comercial Olysio) e o sofosbuvir (nome comercial Sovaldi). A vantagem sobre os demais é que dispensam o uso do interferon, são administrados por via oral, por menos tempo (12 semanas), produzem menos efeitos colaterais e aumentam a chance de cura para mais de 90% dos casos.
Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, a previsão é que essas drogas sejam distribuidas pelo SUS, gratuitamente, ainda em 2015.
Recomendações
Como não existe vacina contra a hepatite C, a prevenção depende de conhecer as formas de transmissão do vírus e evitá-las. Portanto,
  • Não utilize drogas injetáveis nem compartilhe objetos de higiene pessoal (escova de dente, lâminas de barbear), de manicure (alicates, lixas, espátulas), instrumentos para tatuagem que possam conter sangue, porque o VHC chega a sobreviver quatro dias fora do corpo humano;
  • Verifique, quando for fazer exames, se agulhas ou qualquer outro objeto que entre em contato com sangue é descartável ou está devidamente esterilizado;
  • Só faça sexo com preservativo sempre;
  • Antes de engravidar, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;
  • Fique longe das bebidas alcoólicas, se for portador do VHC, porque o consumo de álcool aumenta o risco de desenvolver as complicações da doença.

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